quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Eureka!


Talvez o amor seja isso mesmo, e eu aqui achando que tô ficando doida. Talvez seja essa angústia, ué. Por que, não? A gente tem essa mania de achar que alguém vai chegar e de repente descomplicar nossa vida, e aí vamos enxergar tudo com clareza e ter todas as respostas e que tudo vai ser mais colorido do que a parada gay...Mas não. Em vez disso é confuso, traz mais dúvida que respostas...e estou começando a entender que a beleza está aí. A pessoa que você ama não está na sua vida pra tornar tudo mais fácil, e sim tornar tudo mais bonito. A pessoa que você ama é sua companheira de barca furada. E não tem obrigação nenhuma de te fazer feliz. A gente quando ama acha que a nossa felicidade depende do outro...e não é assim que a banda toca. A nossa felicidade depende da gente. Você pode amar a pessoa tanto, tanto, que machuca. Pode pensar nela o dia inteiro. Pode sentir saudade mesmo tendo a visto há 5 minutos atrás. Mas tem que aceitar que para ela, pode não ser assim. Tem que abrir mão de achar que ela vai se sentir do mesmo jeito que você, porque é isso que magoa. A decepção porque a pessoa não atingiu suas expectativas. Não importa se foram as atitudes da pessoa que te levou a esperar demais dela. Não importa se ela lhe disse palavras lindas, se te olhou como se você fosse a mulher mais maravilhosa do mundo...Ponha os pés no chão, para o seu próprio bem.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sua vez. Minha vez. Sua vez. Minha vez.

Sei que você acha que temos "fases", mas pra mim aquela nossa coisa de ouvir música, uma de cada, é mais que isso. Se essa fase já passou pra você, ainda não passou pra mim. Sinto falta. Lembro de quando a gente deitava na cama, e ouvia música, só se curtindo. Lembra de como a gente se beijou em São Paulo, ouvindo "confortably numb"? Era tudo tão lindo, tão intenso. Lembra de como começou? A primeira vez que fizemos isso foi quando eu fui estudar na sua casa. Ouvimos "enjoy the silence", a versão de Lacuna Coil. E daí pra frente, fomos ouvindo cada vez mais músicas. Em determinado momento você deitou no meu colo pela primeira vez, e eu te fiz cafuné. Eu sei que tudo sempre muda, e não podemos fazer nada a respeito...Mas eu realmente sinto falta, e fico me perguntando...se era tão bom, por que tem que mudar?

Casa comigo?


A nossa viagem pra Sampa e Floripa foi perfeita, mágica. E nela tivemos momentos incríveis. Como naquela noite, no ônibus saindo de São Paulo e indo pra Florianópolis. Estávamos jogados na poltrona, minha perna sobre o seu colo e sua cabeça encostada no meu ombro. Ouvíamos música e conversávamos sobre nosso passado, principalmente sobre o seu. Em algum momento da conversa você olhou pra mim e disse "casa comigo?". É impossível descrever o que eu senti. Só posso dizer que ultrapassou os níveis de felicidade que um ser humano pode sentir. A idéia de ficar com você para sempre me deixa assim, com os pés fora do chão, apaixonada, boba. Eu quero muito. Então eu te respondi "caso".

You've gotta promise not to stop when I say "when".

Mais uma lembrança querida. Nós dois no Morrison. Tava tocando everlong e eu gritava como louca, você logo atrás de mim também gritando, porque aquela música significava muito pra nós dois. Naquele momento, eu senti que não estaria sozinha nunca mais. Que não importa aonde eu vá, você vai estar ali, logo atrás de mim, segurando minha cintura ou minha mão. E isso me deu uma segurança enorme de que talvez a vida nunca mais fosse uma merda. Eu tinha você, você me tinha, e eu não precisava de mais nada.

Apressadinhos


Outra lembrança de nós que guardo com muito carinho, é a daquele dia em que você teve prova na faculdade e eu fiquei te esperando na biblioteca. Você me disse, logo quando eu entrei no carro, que poderíamos fazer um monte de coisa, mas que você só conseguia pensar em uma coisa. E eu também. Então você me levou pra sua casa e a gente se amou por horas e horas, mas não poderíamos estar satisfeitos ainda...Não nós (pelo menos naquele tempo). Então você foi fazer sua prova, eu te esperei quietinha na biblioteca. Assim que você terminou, voamos de volta para a sua casa. Quando chegamos lá, fizemos o percurso da sala até o quarto já tirando as roupas em tempo recorde, pois eu precisava chegar em casa às 22:30, no máximo. E a gente se amou de novo.

"Eu não quero sair."


Já tem um tempo que eu quero sentar e escrever as lembranças mais bonitas que tenho de nós. Hoje criei coragem, pra começar, pelo menos. Não sei porque, mas quando parei pra pensar em qual lembrança escreveria primeiro, afinal não tenho bem uma preferida...são todas muito queridas, me veio imediatamente a nossa primeira vez na cabeça. O que exatamente veio foi uma cena específica, durante a nossa primeira vez. Uma cena que vejo quase toda vez que fecho os olhos.

Seu rosto está acima de mim, e você me olha de um jeito tão apaixonado e tão lindo que minhas palavras são pobres demais para descrever, e diz "eu não quero sair".

De todas as lembranças que a gente tem, e como disse antes, são todas muito queridas, essa é especial. Não preferida, mas especial. Pensar nela faz brotar em mim um sorriso, nos momentos difíceis. É meu bote salva-vidas. Eu sei que se o bicho pegar, eu sempre posso pensar nela...e aí fica tudo bem.