domingo, 25 de setembro de 2011

Eu e meus amigos imaginários

Às vezes eu finjo que meus poetas preferidos são meus amigos mais íntimos. Gosto de imaginar que Clarice Lispector entende minhas reações estranhas, minha visão de mundo, minhas conclusões – quase sempre – precipitadas sobre essa vida. Que Caio Fernando Abreu está sempre me aconselhando:  “se joga, menina!”.  Que Florbela Espanca entende minha eterna e irremediável solidão. Que Augusto dos Anjos compreende minha falta de fé na humanidade. Que Álvares de Azevedo sabe por que fico fascinada diante de um jardim florido, porque valorizo tanto a beleza das pequenas coisas, aquilo que quase ninguém vê. Que William Shakespeare sempre me diz para aceitar de bom grado o conselho dos outros, mas nunca desistir da minha própria opinião. Que Jane Austen admira minha determinação, meu sarcasmo, meu orgulho, e minha fome por conhecimento. Que Vinicius de Moraes, sempre que estou assim meio borocoxô, sorri e canta para mim que “é melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe.” E que Stephenie Meyer está sempre me incentivando a escrever, haja o que houver.  Assim, nunca me falta boa companhia, um ombro amigo, ou bons conselhos.

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